Forte de S. Francisco
CHAVES (Portugal): Forte de São Francisco ou de Nossa Senhora do Rosário.
Na colina da Pedisqueira, onde existia o antigo Convento franciscano, optou-se por envolvê-lo com muralhas abaluartadas, transformando-o num forte. Os trabalhos desenvolveram-se sob as ordens do Governador das Armas da Província de Trás-os-Montes, D. Rodrigo de Castro, conde de Mesquitela, entre 1658 e 1662. Os trabalhos de defesa de Chaves foram complementados com a construção de novos panos de muralha ligando o forte aos antigos muros medievais, reforçados ou reconstruídos na ocasião, envolvendo-se os bairros que se haviam expandido extra-muros medievais. A defesa foi estendida à antiga ponte romana sobre o Tâmega, cujo acesso, na margem oposta, também foi fortificado, com a construção do Revelim da Madalena.
No início do século XIX, quando da Guerra Peninsular, Chaves e suas defesas não estavam em condições de defesa. Após diversos embates com as tropas napoleônicas sob o comando do General Soult, as tropas portuguesas, sob o comando do General Francisco da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira, recuaram para pontos estratégicos, deixando a cidade com uma pequena guarnição sob o comando do Tenente-coronel Pizarro. Estas forças, assim como a de milicianos que enfrentou o inimigo, foi aprisionada e depois libertada. O Forte de São Francisco foi utilizado como quartel-general dos franceses na ocasião, e, nessa qualidade, foi alvo da contra-ofensiva do General Silveira, em Março de 1809. Após seis dias de violentos combates, a guarnição francesa rendeu-se, e Chaves foi libertada.
Posteriormente, foi cenário ainda de lutas quando das Guerras Liberais e, mais tarde ainda, em 1910, quando da Proclamação da República Portuguesa.
Perdida a sua função defensiva, após abrigar por quase setenta anos o 10º Batalhão de Caçadores, as dependências do forte foram abandonadas, entrando em processo de ruína.
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