Forte de S. Miguel Arcanjo
NAZARÉ (Portugal): Forte de S. Miguel Arcanjo.
O Forte sobreviveu às Invasões Francesas, onde se refugiaram os soldados inimigos que combateram contra a população do Sítio e da Pederneira. Os invasores só foram expulsos do nosso país em 1811, tornando-se este monumento um marco da revolta popular e da autonomia dos nazarenos.
A fortaleza fez parte da história das Lutas Liberais. Por esta época, a Nazaré e o Forte, foram palco de pequenas escaramuças entre os partidários de D. Pedro IV e de D. Miguel. Em 1830, D. Miguel enquanto rei, visitou o Sítio e a Praia da Nazaré, onde foi recebido em ambiente de festa, visitando o Forte de S. Miguel Arcanjo, que no ano seguinte viria a ter alguns consertos, um novo altar para o seu padroeiro e uma nova calçada de acesso. Após a partida de D. Miguel para o exílio, em 1 de Julho de 1834, como reflexo das lutas entre liberais e absolutistas, a imagem de pedra de S. Miguel, que figurava sobre a porta, sofreu um grave atentado. A escultura foi alvo de actos de vandalismo, por parte dos liberais, que a retiraram do seu retábulo, e a deitaram pelas muralhas para o areal da praia. Ainda hoje ela se encontra mutilada e constitui um testemunho dos motins entre os absolutistas e liberais nesta região.
No início do século XX, já sem função militar, os pescadores fizeram sentir ao governo a necessidade de ali se instalar um farolim e uma casa para o faroleiro, para apoio da actividade piscatória. Em 29 de Outubro de 1903, foram efectuadas obras de consolidação e restauro para a instalação do farol no Forte. Finalmente a 1 de Dezembro de 1903 começa a funcionar uma luz de porto instalada no Forte de S. Miguel Arcanjo.
info: http://www.cm-nazare.pt/
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