Largo de Camões



PONTE DE LIMA (Portugal): Largo de Camões.

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No atual espaço do Largo de Camões, a cerca muralhada separava o extenso areal ribeirinho de um interior onde coabitavam espaços verdes, casas e quintais, que estavam a Norte balizadas pela Rua da Ponte na qual entroncava a Rua do Rosário e a sul pela Rua da Ribeira, hoje chamada do Postigo que desembocava no Passeio 25 de Abril, bem ao lado da Torre de S. Paulo ou da Expectação.

Na segunda metade do séc. XIX, com a demolição da muralha e da Torre dos Grilos que se encontrava à boca da ponte, o espaço do futuro Largo de Camões ganhou uma outra dimensão. Os quintais que tinham como baliza a parede da muralha passavam a ficar devassados e as casas que nela entestavam foram obrigadas a encontrar um novo apoio ou a reorganizar as suas estruturas e fachadas. O chão foi aplanado e ensaibrado de modo a tornar-se no primeiro pavimento de um espaço público.

Pouco depois da cheia de 1909 o Largo foi objeto de um novo alteamento, que se traduziu em novo piso de saibro sobreposto a uma espessa camada de entulhamento.

A atual fisionomia do Largo de Camões começou a ser delineada no final dos anos 20 do séc. XX altura em que se iniciaram extensas obras, alteando-o parcialmente e nivelando-o de forma a ter melhor ligação ao Largo da Feira (surgido na altura) e Passeio 25 de Abril, atulhando-se dois arcos da ponte medieval, implantando-se aí o chafariz renascentista e "desenhando-se" novo pavimento.

O curioso poço do séc. XV de secção retangular, com cerca de 3 metros de profundidade, totalmente forrado com boa silharia e que rematava em abobada, integrava-se numa imponente construção que aí existia denominada Casa do Patim.

info: www.cm-pontedelima.pt/ponto_interesse.php?id=1

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